terça-feira, 17 de março de 2009

Olavo: "Helena de Rio Claro".

Tios Hugo & Helena na varandinha da Fazenda Rio Claro.
(Foto: Joni)

De: Olavo de Faria Galvão - Belém do Pará


Helena de Rio Claro
(Prólogo)

A última barra de manteiga estava sendo cuidadosamente embrulhada em papel manteiga e a caminhonete Ford já estava a postos para a viagem com várias paradas no caminho de Cruzeiro.

Os desafios da evolução tecnológica eram enfrentados com competência. A desnatadeira era uma forma de incorporar valor ao leite, principal fonte de renda. A Rainha Helena e a Princesa Sila faziam a manutenção das pessoas, o Rei Hugo tomava conta das coisas para fora das muralhas da Casa Grande.

O Pavão, as Jabuticabeiras, o grande Curral, o Retiro, o Terreiro de Café, o Sistema de Água, o Pomar: Romãs? Pêssegos? Frutas-de-Conde? Marmelo?... O Jardim dos Ibiscos de Mel!

O banho de poço de pedras. O leite no curral antes do dia clarear. As Princesas Lelena, Maria Inês e Lucila (Moiô-maiô) exerciam seus poderes docemente. Muito cedo fui-me do Vale para pouco voltar, perdi o convívio mas nunca vou deixar de ser profundamente agradecido por ter sido tão bem recebido naquele reino onde a infância foi como na melhor lenda, foi mágica.

Tantas viagens...

Com a partida da Tia Helena o pensamento voa pelo campo da saudade.

Olavinho.
Belém, 16 de março de 2009.

Cirilo (por: Joni)

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