segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

De: Alice Galvão - Goiânia (GO)

Tudo bem?

Já que a lei da causa e efeito está dando pano pra manga e lotando a sua caixa, vou entrar na brincadeira (mais do que séria) e dar a minha contribuição ao debate, que a meu ver seria bem mais proveitoso se tivesse uma sequência aberta e identificada. Assim conheceríamos mais intimamente os nossos parentes próximos e distantes. Falo isso, mas também não sei se pediria anonimato se estivesse em outra posição, não dá pra saber né?

Bom, eu e o maridão estávamos conversando sobre isso mais uma vez (por coincidência, costumamos conversar muito sobre isso, pois estamos há muito tempo tentando ter um filhote ou uma filhota). Após assistir ao "Estranho caso de Benjamin Button", divagamos sobre o caso, só que com uma outra interpretação: Já pensou se a gente nascesse velho e com muita experiência de vida acumulada e fôssemos rejuvenescendo ao longo da vida e ganhando inocência à medida em que o tempo passa? Neste caso as cabeçadas seriam na tentativa de incutir o melhor caminho para a pureza e a inocência nas almas dos nossos filhos.

Mas já que a vida não é assim, acredito na importância de sabermos observar em volta, analisar o comportamento dos nossos pais e avôs com uma balança, que nos dá a chance de pesar e entender o que se aplica no nosso caso e o que vamos fazer diferente (olha só como somos privilegiados por podermos pensar assim?) e não como uma estrada de mão única que deve ser seguida por falta de opção ou negada por existir uma contra-mão, na conviccão de que "voltar é revolucionário" (kkkkk).

Eu discordo de muita coisa que meus pais e meus avós disseram ou fizeram ao longo da vida. Mas conhecer a experiência deles é entender o produto final, é saber o que construiu aquelas pessoas que eu amei e amo tanto exatamente do jeito que elas estavam quando pudemos ser contemporâneos. E durante a minha vida mudei muito e elas mudaram ainda mais também. E saber que uma parte da mudança deles se deveu à minha existência é um privilégio, pois a meu ver se tornaram e se tornam a cada dia pessoas melhores. É para eles que ainda e sempre olharei para alimentar minha balança em busca do equilíbrio.

Me arrependo de muitas coisas, às vezes bobas, outras sérias, e me orgulho deste arrependimento, pois me prova que amadureci e que meu comportamento mudou. Se para melhor ou pior não sei, mas sei que foi rumo a um estilo de vida que me faz ficar melhor comigo mesma e com as pessoas que me cercam. Hoje quero ter qualidade de vida (diminuir a agressão física que por algum tempo adotei com meu corpo me alimentando mal, bebendo, fumando e me tornando sedentária) e realizar um sonho de cada vez, a longo prazo (ser uma profissional autônoma, me dedicar mais à música, ter um filho etc).

Resolvi lutar contra a ansiedade e parar de tentar abraçar o mundo com braços e pernas.
Quero ver mais as pessoas que amo e me irritar menos com as diferenças. Tentar ser cada vez menos intolerante.
Escrever mais. Ler mais ainda.

Quero levar as coisas menos a sério me divertir mais, ter leveza mesmo quando as coisas não estiverem fáceis como a mamãe faz.

Ter objetivos mais claros e me dedicar a eles até conseguir, como o papai.
Me alimentar intelectualmente para tentar alcançar a lucidez inabalável da vovó.
Me fortalecer e matar um leão por dia para conseguir a resistência e a liderança do vovô.

É isso também o que mais quero passar adiante. Se vou conseguir ou se vou dar murro em ponta de faca, só minha prole é quem poderá me dizer. Mas ouvindo e absorvendo a lei da causa e efeito, com certeza vou tentar.

Um beijo!

Alice Galvão - 62 9124 9904
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